A Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) lança pela primeira vez o curso de Introdução à Biologia e Medicina Circadiana, destinado não só aos estudantes licenciados da FMUL-CAML de todas as áreas, mas também a investigadores e clínicos praticantes.
A Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) lança pela primeira vez o curso de Introdução à Biologia e Medicina Circadiana, destinado não só aos estudantes licenciados da FMUL-CAML de todas as áreas, mas também a investigadores e clínicos praticantes.
O que aborda a biologia circadiana?
A biologia circadiana é um campo de estudo que se concentra no ritmo biológico do corpo humano e de outros organismos, que são governados pelo ciclo diário de luz e escuridão. O ciclo circadiano regula o sono, assim como uma variedade de funções biológicas tais como a temperatura corporal, a secreção hormonal, a atividade física e mental e muitas outras. Por causa de sua importância na saúde humana, a biologia circadiana tem sido um assunto crescente de interesse e estudo nos últimos anos.
O que oferece o curso?
O curso de Introdução à Biologia Circadiana e Medicina oferecerá uma visão geral dos princípios básicos da biologia circadiana, incluindo a estrutura molecular do relógio biológico, a regulação do sono e as interações com outros sistemas biológicos. Além disso, o curso também explorará como os ritmos circadianos podem ser afetados por fatores ambientais, como jet lag e mudanças nos horários de trabalho.
"É uma excelente oportunidade para os estudantes que desejam explorar o campo em constante evolução da biologia circadiana e como ela se relaciona com a saúde humana" diz a coordenadora do programa a Dra. Cátia Reis.
Como se inscrever?
As inscrições para o curso de Introdução à Biologia Circadiana e Medicina já estão abertas, e os interessados podem se inscrever diretamente no site da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
É este curso relevante?
O sono tem um palco especial quando se fala de ritmos circadianos. Diversos inquéritos pintam uma imagem muito pouco lisonjeadora sobre o sono na sociedade portuguesa, dando enorme relevo e importância à melhor formação dos especialistas que cuidam da nossa saúde física e mental.
A sociedade Portuguesa de Pneumologia em 2019 encontrou no seu inquérito que cerca de metade dos portugueses dormem menos de 6 horas, quando um segundo inquérito em 2017 reportou que cerca de 71% dos portugueses dorme menos de 7 horas, ou seja mais de 2 em cada 3 portugueses. Em 2018, um estudo conduzido pela Dra. Cátia Reis encontrou que pouco mais de 1 em cada 5 portugueses (20,7%) dorme menos de 5 horas.
Sobre o autor:
O Dr. João Lipinsky Nunes é um cientista Bioquímico que escreve sobre o sono e como as estruturas sociais o influenciam, frequentemente de forma negativa. Ele é cofundador da iniciativa BetterTimes.
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