O Concelho Islâmico do Irão aprovou a 15 de Março de 2022 um artigo de lei com o propósito de abolir a mudança da hora para o horário de Verão. O Irão observa agora o seu horário padrão permanente.
A 15 de Março de 2022, o Concelho Islâmico do Irão aprovou a abolição do horário de verão, o que implica que os relógios, que eram previamente adiantados no primeiro dia de Abril, regressaram ao seu horário padrão (conhecido em Portugal também por horário de inverno) no dia 31 de Setembro para não mais serem alterados (ficando permanentemente em UTC+03:30). O Conselho dos Guardiões da Constituição (o equivalente ao tribunal constitucional) aprovou a medida a 14 de Maio e o presidente deu seguimento à lei a 1 de Junho do mesmo ano.
As razões incluem a disrupção do relógio biológico dos cidadãos, com impacto na saúde, assim como a observação de perturbações comportamentais que se reflectem no aumento de acidentes e altercações físicas, fruto de um comportamento mais violento. Tais observações vão ao encontro do consenso cientifico. Enquanto que o impacto do horário de Verão na saúde é difícil de disputar, muitos dos efeitos sociais que este causa encontram-se impregnados de mitos e desinformação. No entanto, estudos publicados validam as observações iranianas, pois demonstram que o horário de Verão leva a um aumento dos distúrbios de personalidade, ao aumento da agressão física e verbal, assim como ao aumento dos acidentes automóveis. Quanto ao consumo da energia, tal como notado por várias nações por todo o mundo, incluindo Portugal (ver aqui, aqui, ou aqui), não se observaram as poupanças desejadas.
Com esta lei aprovada, o Irão junta-se ao Estado Independente de Samoa, e México na lista de países que recentemente eliminaram o horário de Verão.
Novidade nos Estados-Membros da União Europeia, é a nova proposta sobre a implementação de fusos horários permanentes na União Europeia, que visa a abolição do horário de Verão através da observação de fusos horários naturais, ou seja, o mais próximo possível de seu horário solar.