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Foram feitas tentativas de horário de verão permanente em vários países. Na prática, foi extremamente impopular e foi sempre abolido por pressão da população [Roen19].​​

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Portugal

Através do decreto de lei de 26 de Maio de 1911, Portugal concordou com a padronização da hora portuguesa segundo o principio aceite na Convenção de Washington de 1884. Mas, apesar de Portugal continental estar na sua maioria localizado no fuso horário UTC-01:00, o fuso horário para este adoptado foi UTC±00:00, dando início a mais de um século de desajuste da hora legal. Açores e Madeira, adoptaram o fuso horário UTC+01:00.


O horário de Verão permanente foi introduzido pela primeira vez durante a primeira Guerra Mundial. Durante os anos de 1942-1945 durante a segunda Guerra Mundial, Portugal adoptou inclusive um duplo-horário de Verão.
Os anos subsequentes viram várias mudanças no fuso horário adoptado como padrão, sempre para leste, o que teve sempre um impacto negativo na população. Mas o regime da hora, mais ou menos como hoje o conhecemos,
foi adoptado a 1976: UTC±00:00 como horário padrão e UTC+01:00 como horário de Verão.


Não aprendendo com as experiências do passado, o governo de Aníbal Cavaco Silva em 1992 decide mudar a hora padrão de UTC±00:00 para UTC+01:00, regendo-se o horário de Verão por UTC+02:00. Ou seja, como horário padrão passou-se a ter o prévio horário de Verão e uma mudança de hora para um duplo-horário de Verão. A medida tinha intenções de promover a poupança energética e aproximar as horas laborais portuguesas às dos restantes países europeus. Tal foi desastroso.  Crianças e adultos experienciaram graves problemas de saúde e de distúrbios de sono, visto que no inverno o sol ainda não tinha raiado às 9:00 e, no Verão, o sol só desaparecia no horizonte perto da meia-noite. Porém em vez de poupança energética, uma das razões que motivou a mudança, aconteceu exactamente o oposto: a despesa em energia subiu, assim como a poluição produzida.
A
8 de Março de 1996, o recém-eleito Governo de António Guterres, atendendo às queixas e mal-estar populacional, fez Portugal regressar ao fuso horário UTC±00:00, embora mantendo a mudança da hora para o horário de verão corrente que observa o fuso horário UTC+01:00. 

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Previsão para Portugal

Se a mudança da hora se mantiver para Portugal, pouco mudará. Portugal desperdiçará uma oportunidade única pois, estar em fusos-horários geograficamente desadequados, e colocar-se durante metade do ano num fuso horário que só faz sentido para quem vive 2000 Km para leste, tem sido responsável por manter mais de metade da população em cansaço permanente. Portugal não vive num fuso horário adequado desde sempre, ou melhor dito, desde que o país aderiu à Convenção de Washington há mais de um século atrás. Ninguém presentemente vivo em Portugal algum dia conheceu o que é um fuso-horário que permita uma vida saudável, porque não há termo de comparação. Acabar com este absurdo é simples: aprender com a Ciência e a História . Considerando os fatos científicos existentes, e as experiências do passado, experimentar com fusos horários trocados, impor mudanças de hora e horários de verão trás invariavelmente sofrimento e mal-estar, sem qualquer vantagem, nem mesmo na energia. E um país sofredor nunca pode ser um país vencedor.

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Alemanha

Também a Alemanha introduziu o horário de Verão permanente durante a guerra em 1940, mas aboliu-o já em 1942, antes do fim da guerra.

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Rússia

A Rússia mudou em 2011 do horário de verão sazonal para o horário de verão durante todo o ano. Depois de três anos, a Rússia mudou para o horário padrão permanente. Um estudo que acompanhou este período de teste [BTPK17], mostrou que: o jetlag social é muito maior no horário de verão permanente do que no sazonal; o menor jetlag social verifica-se no horário padrão permanente; o número de pessoas sem jetlag social duplicou com o horário padrão permanente; a proporção de pessoas com mais de 2 horas de jetlag social diminuiu 25% com o horários padrão permanente.

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Estados Unidos

Os EUA viveram com horário de Verão permanente durante a guerra de 1942 até 1945. Tal foi abolido com o fim da guerra. Em 1974, os EUA tentaram novamente o horário de verão permanente com o objetivo de economizar energia. No entanto, as economias desejadas não foram observadas. Antes de 1974, 79% defendiam o horário de verão permanente. Mas em fevereiro, após o primeiro inverno, esse apoio caiu para 42%. O horário de verão permanente nem sobreviveu dois anos: com 383 contra 16 votos, o congresso encerrou a medida. [Dayl20]

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Reino Unido e Irlanda

Também o Reino Unido e a Irlanda viveram, durante a guerra, entre 1940 e 1945, com o horário de verão permanente, o qual foi abolido após o término da guerra. Os países introduziram o horário de verão permanente novamente em 1968. Mas já após três anos, foi abolido devido a reclamações sobre as longas e escuras manhãs de inverno.

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